Em seu blog Joey detalha o que é coletado, por quem e o que é feito com esta informação. Os relatórios enviados pelo aparelho à "nave mãe" incluem uma lista completa de todos os aplicativos instalados no aparelho, por quanto tempo cada programa foi usado ao longo do dia e, o mais preocupante, as coordenadas atuais do aparelho, obtidas usando o GPS integrado.
Além disso, o sistema também tira um "instantâneo" do aparelho, incluindo mensagens do kernel, logs de sistema, dumps da memória e informações sobre espaço em disco, a cada vez que um programa "cai". Esta informação, que também é enviada à Palm, tem um propósito supostamente útil: ajudar a empresa a depurar e aperfeiçoar o sistema, rastreando condições que possam disparar bugs que afetem a estabilidade.
Os dados privados são coletados por um "daemon" (um programa que roda em segundo plano) chamado uploadd, e por um programa auxiliar batizado de contextupload. Editando alguns arquivos de configuração, Joey conseguiu desativar a coleta, mas acredita que a modificação não sobreviverá a uma atualização do sistema operacional, que no Palm Pre é automática.
Os Termos e Condições de Uso do Palm Pre, publicados no site da Palm, deixam claro que a empresa pode coletar de tempos em tempos informações sobre o aparelho. Entretanto, são escritos de forma a não especificar quais dados. Assim, qualquer seja o comportamento do sistema - mesmo que comprometam a privacidade do usuário, que é protegida por lei nos Estados Unidos - pode ser enquadrado sob seus termos.
Reagindo à notícia, e jamais negando as afirmações de Hess, a empresa se defendeu dizendo que as coordenadas de GPS são coletadas para poder fornecer "melhores resultados" para o usuário quando este faz buscas via Google Maps.
Fonte: http://tecnologia.terra.com.br/interna/0,,OI3922142-EI4796,00-Usuario+descobre+que+Palm+Pre+espiona+o+proprio+dono.html